Queridos,
Sabemos que nem sempre todos os filhos nascem sem desafios extra nesta Terra. Nem sempre nascem com saúde e disposição 100%. Chegamos a comentar em outros posts neste blog sobre bebês prematuros (minha filha Clarissa). Neste será a Síndrome de Down, apreensão de todos os ultrassons e exames de mamães grávidas.
A Síndrome de Down é uma alteração genética originada no início da gravidez, na formação do bebê. As crianças com a Síndrome têm as mesmas necessidades que outra criança qualquer, apenas seu desenvolvimento é mais lento. Com paciência e estimulação constante, desde seu nascimento, os pais conseguem que desenvolva seu potencial. Elas estão mais sujeitas a problemas odontológicos, respiratórios, visão e audição, deficiência imunológica e outros.
Segundo a APAE: “Todos os pais precisam de um tempo para se adaptar a todas as mudanças e não devem se culpar ou desanimar diante das dificuldades. Sua educação deve ser feita por uma escola regular, assim que adquirir certa independência. Embora essa crianças evoluam com atraso, nada impedem que aprendam suas tarefas diárias e participem de uma vida social familiar. A deficiência da mente, não permite, contudo, que elas resolvam problemas abstratos, que são muito complicados para elas, além da dificuldade em matemática. A teimosia e birra fazem parte do seu comportamento, havendo a necessidade da imposição de limites à elas.”
Inúmeros profissionais acreditam que a estimulação precoce ajuda no desenvolvimento de todas as crianças, mais ainda no caso das com Síndrome de Down. Pais: incentivem a brincadeira, as atividades, os estimulos visuais, auditivos, a convivência com outras pessoas e participação da vida social familiar.
“Fala-se muito a respeito da inclusão escolar e social do indivíduo com Síndrome de Down, contudo se esquece de que quem apresenta e inclui a criança desde o nascimento na sociedade é a própria família. Alguns pais de bebês, vítimas de um (pré) conceito internalizado, muitas vezes, enraizado e tácito, retraem-se do contato social aparentemente por temor ao preconceito alheio. No entanto, não se dão conta de que através dos olhos de outros possam ver o reflexo de seus próprios afetos temidos e guardados, que freqüentemente despertam-lhes sentimentos de vergonha e culpa.
Cada um de nós constrói ao longo da vida suas crenças, valores, conceitos e mesmo preconceitos. Este processo é uma construção em via de mão dupla com o meio em que vivemos. Escrevemos a nossa história dentro de uma época, de uma família e de uma sociedade. Sem este contexto, não poderíamos atribuir valor a nada nas nossas vidas. São os nossos paradigmas. Entretanto, pensando em práticas sociais, podemos dizer que o mundo de alguma maneira nos forma, mas também podemos dizer que formamos o mundo, pois são as nossas idéias, produto da nossa história com o nosso meio, que “realimentam” os paradigmas da nossa cultura. Sendo assim, o preconceito social não existe como uma “entidade própria”, ele é constantemente reproduzido pela maioria de nós no cotidiano.
Muitos pais de crianças com Síndrome de Down, passaram grande parte da vida sem terem contato com nenhuma criança, adolescente ou adulto nestas condições. Formaram (pré) conceitos sobre a síndrome e seus portadores, assim como todos nós formamos (pré) conceitos sobre uma infinidade de temas que genuinamente desconhecemos. No momento que alguém se torna pai, mãe ou mesmo irmão de um bebê com Síndrome de Down seus preconceitos não desaparecem de imediato e isto pode causar muita dor e como já citamos há uma mistura de culpa e vergonha dos próprios sentimentos e da condição filho ou irmão.”
Fonte: http://www.portalsindromededown.com Texto de:Fernanda Travassos-Rodriguez
Os pais não precisam ser superpais, precisam amá-los o bastante para tratá-los como iguais. E nós, da sociedade, temos que respeitá-las e fazer com que elas sejam parte integrante da sociedade, acabando com péssimo hábito da discriminação.
Hoje em dia, existem diversas entidades que ajudam pais e filhos nesta jornada. Uma delas é a Fundação Sindrome de Down. Se quiser se aprofundar sobre o assunto, acesse os Mitos e Verdades sobre a síndrome, clicando aqui. O texto é muito elucidativo e auxilia os pais a desvendarem um pouco mais sobre seus filhos e também ajuda a sociedade a perder o preconceito.
Paulo e Dani
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