terça-feira, 27 de setembro de 2011

pesquisa inédita Milhares de brasileiros têm hepatite C, mas desconhecem a doença


Uma pesquisa inédita revela um dado preocupante: a maioria dos brasileiros desconhece a doença. Muitos têm o vírus, mas não sabem.


Os brasileiros já ouviram falar em hepatite C? “Já, mas não tenho informação tão aprofundada sobre isso”, disse o operador industrial Wagner Leão. “Eu ouvi falar muito pouco da hepatite C. Na verdade, nunca me interessei muito em saber", alegou a autônoma Simone Carneiro.
Respostas como essas foram as mais ouvidas em uma pesquisa feita em 11 capitais brasileiras. Ao todo, 51% das pessoas entrevistadas não sabem o que é hepatite C e 84% nunca fizeram teste para detectar a doença, que pode ser identificada em um simples exame de sangue.
As dúvidas não param por aí. A cabeleireira Meire Silva não sabe como se contrai nem como se trata a doença. “Infelizmente, não", disse. O vírus da hepatite C é transmitido por meio de instrumentos cortantes que são compartilhados, como alicates de unha.
Em um salão em Salvador, todos são lavados e mantidos por uma hora e meia em um aparelho de esterilização. "Desde quando eu comecei a frequentar salões com esse tipo de cuidado, eu aderi e não troco mais", disse a estudante Francine Oliveira.
No mundo inteiro, 170 milhões de pessoas têm o vírus da hepatite C, quase seis vezes mais que o número de infectados pelo vírus da aids. As informações são da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, a estimativa é que um 1,5 milhão de pessoas tenha a doença, mas muitas não sabem.
O presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, que encomendou a pesquisa, lembra que a hepatite C tem 50% de chance de cura se for diagnosticada no início. Segundo Raymundo Paraná, faltam campanhas educativas para evitar o que acontece hoje no Brasil.
"Nós estamos errando muito, não estamos diagnosticando precocemente, estamos deixando os pacientes alcançarem fases avançadas da doença e onerando o sistema público de saúde", alertou o presidente da Sociedade Brasileira de hepatologia, Raymundo Paraná.
No caso de Seu Rômulo, a hepatite evoluiu para cirrose, a formação de nódulos dentro do fígado que dificultam a circulação do sangue. Ele teve de passar por um transplante. "O que eu sofri eu não desejo para ninguém", disse.

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