sexta-feira, 23 de setembro de 2011

ATOR QUE FAZ PAPEL DE MULHER EM NOVELA DIZ ‘Descobri como dói ser mulher’





Depois de cinco meses correndo atrás da recatada Elaine – disfarce usado por Élcio (Otaviano Costa) para escapar da polícia –, Xavier (Anderson di Rizzi), da novela das 7 Morde & Assopra, enfim, irá laçar sua amada. No capítulo de hoje, o sargento a levará para um piquenique e o que era para ser uma cena de romance acabará em desastre. Xavier vai embebedar Elaine, que, sem forças, desmaiará. Ele, então, se aproveitará da situação. Ao deslizar a mão pela perna da moçoila, vai notar algo diferente e descobrir que ela é, na verdade, um homem. Ao JT, o ator Otaviano Costa, de 38 anos, conta como Élcio vai ser desmascarado (na terça, ele será preso). Fala também da parceria com a mulher Flávia Alessandra e sua estreia no cinema como diretor.

Como foi a gravação dessa cena com o Xavier?
Foi divertidíssima. Gravamos na beira de um rio. A Elaine desmaia de sono, de perna aberta, e, sorrateiramente, o Xavier ataca. Ele passa a mão nela, entra debaixo da saia dela e, na virilha, descobre que a Elaine vem com um presente. Ela acorda, fica com medo de ser descoberta pela polícia (Élcio se disfarça de Elaine para fugir da obrigação de pagar três pensões) e explica ao Xavier que ele é tipo aquela menina do Big Brother (a transexual Ariadna). Xavier só pede para ele não contar para o resto da cidade que é homem. E a Elaine consegue deixá-lo aos pés dela (risos).

Tinha ideia do sucesso do personagem?
Eu não tinha essa dimensão. Eu sabia que o Walcyr (Carrasco, novelista) estava apostando nisso. Então, me entreguei totalmente. Eu fiz depilação, sobrancelha, unhas… Descobri como dói ser mulher.
E como as pessoas te abordaram nesse tempo em que ficou aparecendo na novela vestido de mulher? Te reconheceram?
Muita gente que não viu o início da novela falava: ‘Quem é esse ator?’. Isso é mérito da caracterização. Até amigos meus de infância perguntavam: “Cara, é você mesmo?”

E esse foi mais um personagem cômico. Não sente falta de fazer outro gênero?
Fiz um vilão em Amor e Intrigas (na Record, em 2007) e, agora, duas comédias seguidas. Claro, sinto vontade de fazer um vilãozão, um assassino, mas o humor é ótimo. Eu e a Flávia (Alessandra) gostamos muito do humor. Eu não nego a comédia, me convidam e eu vou sorrindo, literalmente.

Em casa, vocês são extrovertidos?
Claro que eu não faço o louco e saio rindo. Não sou um saco de risadas. Mas tiramos onda das situações.

E o que tira o seu humor?
Uma das coisas que mais me incomoda é a questão da saúde pública e do dinheiro desviado. A minha visão da política está tão sem humor. Não sei o quanto tudo é jogo de imagem.
E o fato de sediarmos a Copa?
Isso é uma coisa que envolve vários itens e tudo tem corrupção, né? A nossa base é podre. Brasília deveria, na verdade, ser transformada numa empresa. Ao invés de senhores que roubam, porque a gente não aposta em jovens?

Diante disso, você teme o futuro de sua filha Olivia (de 11 meses)?
Sim, a violência é o mais preocupante. É um Brasil cheio de buracos sociais, mas sou apaixonado por esse País. Eu só acho que a nossa classe poderia se unir e ir às ruas protestar. Mas acredito na mudança. Tenho gostado da Dilma (Rousseff). Não votei nela, mas gosto da postura mais séria e menos fanfarrona.
E o que do fato de ser uma pessoa pública o incomoda?
Eu e a Flávia adoramos o contato com o público. Os emails, os fã-clubes são muito legais. E quando alguém vem endeusando, tento mostrar que somos normais. Em relação aos paparazzi, quando não estamos a fim de aparecer, ficamos em casa.
Vocês estão juntos há 5 anos. Estar na mesma profissão favorece o relacionamento?
É um privilégio, mas quando estamos em casa, por exemplo, a gente fala do trabalho, informalmente, de forma que as coisas de casa sejam mais importantes. Vamos ver um vídeo, fazer um jantar, curtir a Olivia.
E além de TV, agora você vai se aventurar no cinema. Que projeto é esse?
Vou estrear na direção de um filme, Os Seguidores (previsto para rodar em 2012), que vai ter a Marjorie Estiano. Eu e o L.G Bayão assinamos o roteiro, que conta a história de cinco jovens que manipulam situações na rede social até que chega uma hora que eles perdem o controle. Ah, e eu também tenho um papel no filme!

Você navega muito nas redes sociais?
Eu uso, mas não sou um Rafinha Bastos. Eu tuíto uma vez por dia. Utilizo as redes para divulgar trabalho. Mas minha vida não abro muito. No Twitter, acompanho notícias sobre filmes, sigo jornalistas e fico observando as situações como aqueles arranca-rabos especiais.

Você não tem mais vontade de ter um programa na televisão?
Eu sou quase um multimídia. Tenho tesão em tudo o que eu faço. Agora, no Rock in Rio, participarei de uma ação social do festival na Cidade de Deus. Mas eu teria um programa com o maior prazer. Amo a energia de estar numa arena, cercado de pessoas. ::

FONTE : ALINE NUNES
aline.nunes at grupoestado.com.br

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