Um cachorro da raça pug morreu na terça-feira (13) após ficar cerca de 10h na caixa usada para transportar animais em voos. Segundo os donos do animal, o cão teve parada cardiorrespiratória ao desembarcar em Vitória (ES) depois de um atraso no embarque em São Paulo.
A jornalista Mariana Castelar de Oliveira, 26, afirmou que ela e o marido mudaram de São Paulo para Vila Velha (ES) em janeiro. Na semana do incidente, eles vieram para São Paulo buscar os três cachorros pug --duas fêmeas e um macho, chamado Santiago.
"Nós ligamos para a Gol para saber como transportar os três animais. Eles explicaram que só transportavam dois, mas que era para preencher um formulário para a liberação do terceiro. Nós fizemos isso e, às 5h30, como a empresa nos orientou, estávamos no aeroporto de São Paulo", afirmou Mariana, que viajou com o marido --que é esteticista canino-- e a filha de um ano e quatro meses.
Ainda de acordo com ela, os funcionários levaram os três cachorros para serem colocados nas caixas de transporte, mas houve um atraso para o check-in de tudo. "Sugeriram para a gente embarcar às 10h50 em vez das 7h, mas esse voo atrasou mais de três horas. Meu marido pediu aos funcionários para que pudéssemos ver os cães e levar água, porque estava muito calor. Porém eles informaram que não era permitido e que os animais estavam bem", disse a jornalista.
Mariana contou que desembarcou em Vitória às 15h --cerca de 10 horas depois da chegada no aeroporto de São Paulo. Quando os animais foram entregues, dentro das caixas, o macho Santiago estava com a respiração ofegante.
"Saímos correndo do aeroporto e fomos para um veterinário, que ainda tentou reanimá-lo, mas ele não resistiu e morreu por parada cardiorrespiratória."
A jornalista afirmou que o cão tinha três anos e meio e era saudável e que, de acordo com o veterinário, ele estava cianótico (coloração arroxeada da pele devida à oxigenação insuficiente) e com hipertermia (temperatura elevada).
Ela afirmou ter entrado em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor da Gol, que pediu para que ela anotasse um protocolo e informou que até esta terça-feira (20) eles dariam uma reposta sobre a morte de Santiago.
"A única coisa que conseguimos, e por meio da assessoria de imprensa da empresa, foi uma resposta de que a Gol sente muito pelo ocorrido", afirmou Mariana.
A companhia aérea Gol informou, por meio de nota, que lamenta profundamente pelo ocorrido e que um de seus diretores entrou em contato com o casal na semana passada para pedir desculpas em nome da companhia, fornecer informações sobre a apuração interna e se colocou à disposição para prestar todo o suporte possível.
"Durante esse contato, o cliente se reservou no direito de falar somente por meio de seu advogado. Em respeito a isso, a Gol prestará os esclarecimentos diretamente aos envolvidos", informou a nota.
A companhia não informou se, durante o período em que os animais esperaram pela viagem, eles receberam algum tipo de cuidado --como água e alimentação.
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