Peço ajuda a todos os meus leitores e atenção para essa carta que divulgo a seguir, para que ela seja espalhada pelos quatro cantos.
iSSO É UM CRIME. NÃO PODE ACONTECER.
CÃES GUIA DEVEM E PODEM ANDAR EM TODOS OS LUGARES
A carta de Erséa:
Desrespeito a quem se utiliza de cão-guia para locomoção
Gostaria de relatar minha indignação em relação aos profissionais da empresa Líder Táxi. Por volta das 22h desta quinta-feira (15/09), solicitei à empresa que enviasse um táxi para a Rua Copacabana – em Santana. Quando chegou ao local e constatou que se tratava de passageira com deficiência visual – que se locomove com a ajuda de um cão-guia -, o motorista simplesmente se negou a fazer a corrida.
E pior: como eu já havia aberto a porta para falar com o condutor e me preparava para entrar no carro, ele viu o meu cão-guia Toby e disse: “Animal dentro do meu carro, nem pensar”, e arrancou com o veículo ainda com a porta aberta. Naquele momento, eu estava apoiada na porta e por muito pouco não fui jogada ao chão.
A Líder Táxi não pode alegar se tratar de fato isolado, porque essa não foi a primeira vez que condutores da empresa agem dessa forma. Após o primeiro episódio – no ano passado -, comuniquei a empresa do ocorrido e a providência adotada, pelo que percebi, foi o registro do meu telefone celular numa espécie de “lista negra” da companhia.
Depois do ocorrido, toda vez que contato a empresa por meio do meu celular, a atendente informa não haver disponibilidade de carros para me atender. No último episódio, enviaram o táxi só porque liguei de outro telefone.
Agora, na segunda ocorrência, tentei ligar para a Líder Táxi para, mais uma vez, registrar minha indignação. Quando usei meu celular, o telefone tocava, tocava, tocava e ninguém me atendia. Com a ajuda de uma amiga, liguei em seguida usando outro telefone. E, para minha surpresa, atenderam ao primeiro toque. Quando perguntei o motivo por que não estavam atendendo à ligação do meu celular e, após informar o que havia ocorrido, a atendente pareceu já estar a par do desrespeito praticado pelo motorista que se negou a me transportar.
A resposta dela foi: “Infelizmente, não dispomos de veículos adaptados para o transporte de passageiros com cão-guia”.
Ora, em primeiro lugar não é preciso nenhuma adaptação para se transportar passageiro com o cão-guia. O animal, além de dócil, é treinado e fica sentado no assoalho do veículo durante todo o trajeto e não causa qualquer interferência no trabalho do motorista. Além disso, é importante frisar que não se trata de concessão ou favor o transporte do deficiente visual acompanhado pelo cão-guia. É lei. A Lei 11126/05 assegura ao portador de deficiência visual o direito de ingressar e permanecer com o animal nos veículos e nos estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo.
Portanto, a Líder Táxi e seus colaboradores ferem a lei, quer seja pelo atendimento preconceituoso e malfeito pela atendente (desinformada e desqualificada) quer seja pelos motoristas (mal-educados, rudes, insensíveis e sem a menor condição de trabalhar com o público). Infelizmente, é esse tipo de serviço que estará disponível em São Paulo para turistas de diversas nações que visitarão em breve o Brasil durante a Copa do Mundo e realização das Olimpíadas. Acredito não ser essa a imagem que queremos passar do País para o mundo. E ainda que, antes de nos preocuparmos com o ensino de idiomas por parte dos taxistas, o que se precisa fazer é a lição de casa básica do respeito às pessoas e à sua individualidade e, sobretudo, o cumprimento das leis já existentes.
Placas do carro da Líder Táxi cujo motorista que se negou a fazer a corrida dia 15 de setembro, às 22h: EFU 4025.
Erséa Maria Alves – Psicóloga. Passei por treinamento no Brasil e nos EUA a fim de poder contar com o auxílio do cão-guia Toby para me locomover na Cidade de São Paulo, onde vivo e trabalho.
Telefone: 6554-1660
E-mail: ersea@spturis.com
E-mail: ersea@spturis.com
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