São 4 milhões de pessoas em situação de risco e 750 mil com grandes chances de morrerem por conta da falta de alimentos durante os próximos quatro meses l Foto: FSNAU
De acordo com um estudo feito pela Food Security and Nutrition Analysis Unit – FSNAU (Unidade de Segurança Alimentar e Nutrição, em tradução livre), 750 mil pessoas estão com taxas de desnutrição aguda, na Somália. A região mais afetada é conhecida como Bay e está ao sul do país.
Segundo os especialistas, a crise alimentar tomou essas medidas por causa da junção de uma séria de fatores, entre eles: as baixas chuvas, redução nos salários e limitação imposta às ajudas humanitárias.
O período de estiagem causou morte dos animais e queda na produção agrícola, principalmente do milho e do sorgo. Assim, os preços de alimentos essenciais para a subsistência, como os grãos e a carne, chegaram a níveis recordes, superiores ao triplo do valor cobrado durante o ano de 2010.
Mesmo diante de um cenário praticamente catastrófico, existe o alerta de que a situação pode se tornar ainda pior. São quatro milhões de pessoas em situação de risco e 750 mil com grandes chances de morrerem por conta da falta de alimentos durante os próximos quatro meses, caso não haja ajuda adequada.
Os números são ainda mais altos quando considerado todo o Chifre da África, que é composto por quatro países: Somália, Etiópia, Djibouti e Eritreia, e abriga uma população de mais de 90 milhões de pessoas. Os mais vulneráveis a essa realidade são as crianças. A cada onze semanas, 10% das crianças com menos de cinco anos morrem por desnutrição nesta região, segundo dados da FSNAU.
A Organização das Nações Unidas já anunciou situação de fome em parte da Somália, no entanto, as ajudas são impedidas de chegar por conta da ação militar do grupo Al Shabaab, filiado a Al Qaeda. Por conta das organizações islâmicas os órgãos de ajuda mundiais não conseguem levar e distribuir o alimento à população em risco. Com informações da FSNAU .
Redação CicloVivo

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