Jorge Fireman, escritor, professor e educador físico lançou, nessa segunda-feira (24), na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas, no Centro Cultural e de Exposições de Maceió, o livro ‘Uso do software Hagaquê para a prática da Língua Portuguesa escrita da pessoa com surdez’.
Seis meses antes de se formar, em 2003, Jorge sofreu um acidente quando chegava à academia, local de seu trabalho, e ficou tetraplégico. A partir daí, ele começou a fazer uso de tecnologias que o ajudaram a concluir o curso e fazer sua pós-graduação.
Já formado, Fireman começou a pesquisar nas escolas, se crianças com deficiências auditivas também se beneficiavam com os avanços tecnológicos. Foi quando uma professora o apresentou um HQ – história em quadrinhos no computador, onde o aluno monta cenário, falas, personagens e constroem sua própria historia -, que usava um programa específico para quem sofre de surdez.
Para o aluno surdo, isso é muito importante porque ele tem uma dificuldade em escrever pelo fato de não ouvir, porém isso era algo esporádico, utilizado apenas em datas comemorativas, ou seja, não havia qualquer conexão com a sala de aula.
‘A proposta do livro é a inclusão social. A escola é que deve se adaptar ao aluno e não o contrário. É muito importante oferecermos aos alunos as tecnologias necessárias para seus aprendizados’, disse Jorge.
Fireman ainda salienta que ‘o laboratório e a sala de leitura são espaços que tem que se adequar com o conteúdo visto em sala de aula. São locais promissores para a educação’.
Como resultado da iniciativa, o autor afirma que é crescente o número de crianças com deficiência que estão matriculadas em escolas, o que nos mostra que tem dado certo e é algo bastante promissor.
‘Trabalho no departamento de educação especial e todo ano vemos o aumento de matrículas. São iniciativas que favorecem as crianças com deficiências. Nós temos muito no que avançar, mas já conseguimos evoluir bastante’, concluiu.
Fonte: http://gazetaweb.globo.com
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