Nesta segunda-feira o Estadão divulgou uma entrevista bacana que dei para a jornalista Débora Bergamasco. Entre outras coisas do bate-papo talvez o tema de maior repercussão tenha sido o fato de ter citado o assédio sexual no futebol, algo considerado quase que um tabu. Mas que é uma grande realidade no meio esportivo.
Quando digo que acontece o homossexualidade nas categorias de base dos clubes de futebol, isso é muito mais amplo e complexo. O grande choque é que isso começa muito em função da autoridade que treinadores e dirigentes exercem sobre a molecada que chega de longe para morar nos alojamentos. Pra falar a verdade, o nome disso é pedofilia, né? Por isso defendo a ideia de que as autoridade deveriam ter mais atenção para esse setor. É um crime que fica praticamente encoberto pelo facínio que o futebol, ou melhor, que o esporte exerce na sociedade.
Eu graças a Deus nunca tive esse problema, até porque, como disse na entrevista, meu pai esteve presente em todo o início da minha carreira. Mas lembro claramente de colegas que sofreram com isso. Principalmente os que não tinham apoio dos pais ou de um psicólogo. E isso não parou nos anos 80. É recorrente. Não tem problema você ser homossexual, hétero ou bi. O problema é você usufruir de seu poder para ter vantagens sexuais. Quero dizer, sendo prático, o garoto só jogava ou tinha moral com o treinador em troca de favores íntimos. Absurdo!
Por coisas como essa que acho uma babaquice e falta de noção quando as pessoas pegam o Richarlyson, meia do Atlético/MG, como exemplo pra falar sobre isso. Para vai! Primeiro que ninguém sabe se o cara é gay ou não é. Aliás, e se fosse? Qual o problema? Mas a verdade é que isso é muito pequeno perto de uma realidade gigantesca. Nossos governantes precisam ficar mais atentos a isso. E os clubes podiam dar mais apoio psicológico para esses meninos que estão iniciando a vida adulta.
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