Invenção do Senai auxilia deficientes visuais

Protótipo criado em Ribeirão Preto custou R$ 190; professor quer expandir função do aparelho e diz que produção em série é viável

Protótipo criado em Ribeirão Preto avisa pessoa cega sobre chegada do ônibus correto

Mariana Lucera

Dois professores do Senai de Ribeirão Preto desenvolveram um protótipo de um equipamento capaz de ajudar deficientes visuais a reconhecer a chegada da linha de ônibus desejada por meio de um sinal vibratório.

Desenvolvido há sete meses, o protótipo custou cerca de R$ 190,00 e funciona em três módulos. "Um aparelho fica instalado no ônibus, o gerenciador armazena os dados e um terceiro aparelho fica com o usuário", diz Samuel Garcia, professor de eletrônica que trabalhou na invenção.

De acordo com ele, o aparelho funciona em rede, com sistema wireless (sem fio). O usuário precisa apenas digitar em seu aparelho o número da linha que ele deseja pegar e aguardar. Quando a linha desejada se aproximar do ponto, o usuário vai receber um sinal vibratório indicando a chegada do veículo.

O protótipo, que será apresentado em um evento em São Paulo, no começo de novembro, ainda não tem patente, mas de acordo com o criador, caso seja patenteado, o produto pode estar à venda no mercado em menos de um ano.

"Nosso diferencial comparado a equipamentos como esse que oferecem o mesmo tipo de serviço para o deficiente físico é que trabalhamos em rede, podendo ter até 65 mil usuários e ônibus cadastrados e se a rede ficar pequena, criamos outra com permissão de integração entre elas", explica Garcia.

O professor diz que para funcionar em uma cidade do porte de Ribeirão, empresas permissionárias funcionariam como redes próprias. "Por meio desse gerenciador, que é um dos componentes desse aparelho, as empresas vão poder saber quais linhas e em quais horários os ônibus são mais utilizados pelos deficientes, todo levantamento estatístico será mais preciso e prático", diz Samuel.