sábado, 8 de outubro de 2011

quem quer ser Ninguém quer ser “baixinho”



 


  A estatura é um dos atributos físicos mais valorizados pela nossa sociedade, afinal ninguém quer ser “baixinho”. É normal que as famílias fiquem preocupadas com a altura de seus filhos, principalmente quando eles são mais baixos que os colegas da mesma idade.
  A estatura é determinada por fatores genéticos (estatura dos pais), fatores hormonais e porfatores externos. Além disso, a prática esportiva, alimentação adequada e a rotina de sono da criança são fatores que também influenciam diretamente no crescimento. 
Por que o sono é importante?
  É importante ter descanso adequado, pois é durante o sono noturno que ocorrem os picos de liberação do hormônio do crescimento.
  A estatura média do brasileiro é 1,65 m. Toda criança com suspeita de baixa estatura deve ser avaliada com exame clínico, de imagem e laboratório, visando afastar patologias.
  Você sabia que hoje é possível, na avaliação inicial – apenas com dados simples como estatura atual, idade cronológica e fator multiplicador para a idade (tabela) - fazer uma projeção da estatura final da criança com o método chamado de multiplicador de Paley? 
  Com relação a exames importantes, a idade óssea é fundamental (Rx da mão e punho para determinar a capacidade das regiões de crescimento responderem ao estímulo), sendo determinante no prognóstico.
  Em meninas um dado muito importante é a idade da menarca (primeira menstruação). Quanto mais cedo, menor será o tempo de crescimento. A menarca representa a fase de estirão do crescimento da adolescência que dura de 1 ano e meio a dois anos após a primeira menstruação.
  Já nos meninos, o estirão ocorre entre os 13 e 16 anos de idade. Geralmente crianças consideradas  baixas inicialmente, podem recuperar espontaneamente o crescimento próprio para a idade.
  Dessa forma, se a previsão da estatura final na maturidade esquelética for abaixo da média da população, podemos, com tratamento adequado, mudar a história natural e aumentar a estatura final da criança.
  É importante ressaltar que, mesmo com tratamento, nós não podemos escolher a altura dos filhos. O tratamento apenas fornece condições para que a criança alcance sua capacidade máxima de crescimento.
  Para tratar, a equipe deverá ser multidisciplinar e envolve o pediatra/ ortopedista pediátrico/ endocrinologista.
Existe cirurgia para crescer?
  Sim. São os alongamentos ósseos. Trata-se de cirurgia complexa, que consiste na colocação de aparelhos fora do osso, presos com pinos (fixadores externos), que permitem o crescimento de 1 mm/dia. Podemos atingir com bastante segurança 6 cm de alongamento em cada osso. Se utilizado em fêmur (coxa) e tíbia (perna), podemos ganhar de 10 a 12 cm de estatura.
  Parece animador, porém, é um tratamento prolongado e a indicação tem que ser precisa. Não é usado por questões meramente estéticas.
  O importante é que, altos ou baixos, nossas crianças tenham saúde.
Um grande abraço,
Maurício Rangel

Nenhum comentário:

Postar um comentário

OS TRES SITES JUNTOS DO CARTEIRO LIGEIRINHO,DEFICIENCIAS EM EVIDENCIA E AGORA DEFICIENCIAS ON LINE

OS TRES SITES JUNTOS DO CARTEIRO LIGEIRINHO,DEFICIENCIAS EM EVIDENCIA E AGORA DEFICIENCIAS ON LINE

Arquivo do blog