quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

amor sobre rodas É só uma grande história de amor

Não posso negar que tenho tido sorte ao longo da vida deste diário. As histórias mais surpreendentes e mais ligadas às temáticas que pretendo abordar vão surgindo como se uma força invisível dissesse: “Agora, veja se inspire nisso”.

Fecho a Semana dos Namorados, no dia 12 de junho, com a deliciosa e surpreendente história de amor entre Giuliano e Márcia... Em um mundo em que tudo para quem tem uma deficiência ainda parece complicado e romance é um capítulo cheio de tabus e meias verdades, este casal mostra que para ser feliz, às vezes, é preciso apenas um “olhar” pelo outro... um “caminhar” pelo outro....


“Na hora em que você menos espera, o amor acontece. Foi assim com a gente. Nunca imaginei que iria conhecer um deficiente visual e me apaixonar. Recomendo que as pessoas da “Matrix” não fiquem isoladas, escondidas em casa. Que conheçam gente, que saiam, abrindo campo para que outros possam se achegar a você.” (Márcia)

 


“Nosso amor é diferente do dito normal, ele se completa. Eu não vejo, ela não anda, ela vê por mim e eu ando por ela, e juntos nos completamos naquilo que nos falta em nosso físico.” (Giu)

 

“Nós nos respeitamos muito. Um sempre um ajuda ao outro. Todo casal tem suas briguinhas e, as nossas acabam sempre muito rápido. O que nos ligou a ponto de casarmos foi a necessidade de estarmos sempre juntos.” (Márcia)


“No primeiro dia dos namorados que passamos juntos, fiz uma surpresa: Primeiro dei um presentinho bem simples: alguns sabonetes em uma caixinha, e uma rosa. Falei que estava sem dinheiro e que era só uma lembrancinha.  Passeamos em um parque e, à tarde, quando ela foi tomar banho,  deixei outro presente em cima da cama dela, uma jaqueta vermelha e, ela ficou super contente!  Depois, fomos a um jantar romântico a luz de velas, e lá, deixei tudo combinado com o “maitre”. Quando dei o sinal, ele veio até a mesa com o outro presente, que era um coração grande e vermelho e um cartão que,  no final, eu a pedia em casamento. Ali, coloquei a aliança em suas mãos.” (Giu)

 

“Quando nós saímos juntos, as pessoas não percebem que o Giu é cego porque os olhos dele são perfeitos. Então, quem o vê, pensa que ele é “normal”, e que está me levando pra passear. Isto sempre acontece. Quando vamos ao shopping, por exemplo, nós andamos de mãos dadas, um ao lado do outro, só que eu vou dando alguns toques na mão dele quando vêm alguém de frete, ou ao lado. Muitas vezes, tenho que puxá-lo mesmo pra ele não trombar com alguém ou com algum obstáculo. Em lugares com  muitas pessoas, aí eu coloco sua mão no meu ombro e peço para ele vir atrás de mim e ele segura na parte de trás da cadeira, como a me conduzir.” (Márcia)

 

“Sim, eu vejo a beleza dela, mas não externa que todos podem admirar. Eu vejo a interna e sei que ela é linda. Nós não andamos de mãos dadas na praia, porém perto do mar nós caminhamos de corações unidos.” (Giu)

 

 “O dia do nosso casamento foi lindo, maravilhoso, mesmo. Aconteceu em um sítio em Mairiporã (interior de SP), e fez um dia de sol intenso. Tudo estava perfeito.” (Márcia)


“Na festa do casamento, durante a sessão de fotos, nós começamos a nos beijar para os fotógrafos tirarem as fotos e, nos empolgamos um pouco e um deles gritou: LAAAAAARGA!” (Giu)

Márcia e Giuliano estão juntos há quatro anos. Ela ainda está o convencendo a terem filhos! Ela é analista financeira, ele é assistente operacional. Eles se conheceram fazendo teatro. Detalhe: teatro no famoso grupo aqui deste blog, o "Menestréis Cadeirantes".

As fotos extasiantes do casal, só poderiam ter sido feitos pela minha querida amiga Kica de Castro (kicadecastro@gmail.com)
Escrito por Jairo Marques

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