Qualidade ou quantidade de parceiros?
Pois é, o Datafolha publicou nesta semana o resultado de uma pesquisa realizada em 2010 com cerca de 2 mil pessoas, com idade entre 18 e 60 anos, em 125 municípios brasileiros. E os resultados são os que seguem: na média, no decorrer da vida, os homens vão para a cama com 20,3 parceiras, já as mulheres, com cerca de 3,9 parceiros.
Na reportagem é relatado que os homens não têm muita certeza da quantidade e nem sempre se lembram das parceiras. Já as mulheres sabem exatamente com quem ficaram.
Bem, isso tudo reforça, deixa clara, a diferença entre os sexos. Homens e mulheres são de planetas distintos. São diferentes e, dessa forma, encaram o amor, a entrega, as relações de forma distinta.
Logo, o que para um pode significar uma vida, para outro, um passatempo.
Até aqui tudo bem. Mas, se quisermos aprofundar o tema, vamos ver que isso tudo pode mudar. Melhor, está mudando. Os homens estão mais cuidadosos e as mulheres, às vezes mais embrutecidas. Os homens mais vaidosos e as mulheres, mais "descoladas". Ou seja, como tudo na vida, num primeiro momento, parece-me que ambos se perdem. Ambos exageram na dose, e o que era para ser um remédio se torna um veneno... Ficamos todos meio perdidos, sem saber exatamente o que vai ser — HOMEM OU MULHER? MASCULINO OU FEMININO? Até que, um belo dia, depois de muitas perdas, aprendemos a equilibrar. Aprendemos que o bom senso é ainda a única resposta possível. Mas, ao que tudo indica, estamos longe de finalizar esse processo e nos equilibrar...
E, até lá, vamos tratar nosso corpo, nosso templo, como qualquer coisa. Nossa feminilidade ou masculinidade como pura arma de sedução e conquista.
E, então, vamos, sim, encontrar homens mais emotivos, mais femininos, mais cuidadosos e desconectados da sua essência e mulheres mais masculinizadas, conquistadoras, caçadoras, também desconectadas, distantes do seu âmago.
Talvez por isso comece a aparecer na mídia anti-heróis, como os BBBs, e anti-heroínas, como a autora do blog Cem Homens, que aborda temas como prazer, sexo casual, regras para um relacionamento aberto etc.
Bem, mas para aqueles que querem só refletir sobre o tema, sem mergulhar de cabeça nessa confusão, fica aqui a questão: o que vale mais na hora da conquista, do relacionamento, quantidade ou qualidade?
O que vale mais quando a questão é um relacionamento de amor? O que você, leitor, quer para a sua vida? Que tipo de relacionamento entende como ideal? O que dirá a seus filhos? O que os ensinará sobre a arte de relacionar-se, a arte de amar?
A escolha por um relacionamento demanda entrega, demanda também troca, compromisso, renúncia, escolha, decisão. Demanda muito mais que sexo e troca de parceiros sem limites.
Aliás, é isso que muitos dos leitores deixam claro. Querem compromisso. Querem viver uma relação de amor. Ainda que, para muitos, seja mais fácil o desnudar-se do que o dialogar. E, então, trocam os pés pelas mãos. Vivem uma intimidade que não construíram. Vivem uma relação que sofre pela falta de compreensão, troca, amor. Vivem a quantidade e não a qualidade do amor.
E você leitor o que pensa de tudo isso? Sexo sem limites, relacionamentos sem diálogos, relações abertas para quem quer entrar ou sair, homens e mulheres que querem compromisso, homens e mulheres que querem só "curtir", homens e mulheres que querem se redescobrir no amor?
Como anda a sua história, o que vem primeiro para você: sexo ou diálogo? Sexo ou amor? Confronto ou negociação?
É claro que sexo faz parte, uma parte importante de todo relacionamento humano. Mas não deveria ser a única base, o alicerce, a pedra fundamental. Até porque sem o diálogo, sem amor, sem escolha não se constrói nada...
Pense nisso e nos envie seus comentários. Até breve!
Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você — Histórias e Relacionamentos Codependentes, Você Está Disponível? Um Caminho para o Amor Pleno e Coisas do Amor.
Dúvidas sobre relacionamentos? Envie para s2maia@yahoo.com.br que elas poderão ser comentadas aqui no blog
Mais informações sobre a autora no www.sandramaia.com
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