MÔNICA GUIMARÃES, DE 17 ANOS, SOLICITOU ATENDIMENTO ESPECIAL NA PROVA.
MARCELO TENTA ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO NA USP.
O casal de gêmeos Mônica e Marcelo Guimarães, de 17 anos, compartilham o aniversário e o gênio forte. De resto, dizem, têm personalidades opostas. “Tudo é diferente”, explicou o estudante na entrada do local de prova onde fariam a primeira fase da Fuvest, no campus da Uninove em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, neste domingo (27).
A estudante, que busca uma vaga no curso de letras da Universidade de São Paulo (USP), solicitou à Fuvest, além da carteira especial, um funcionário para passar suas respostas para o gabarito na primeira fase e, caso passe para a segunda, alguém para transcrever suas respostas.Mônica tem paralisia cerebral decorrente de falta de oxigênio durante o parto, e hoje, diz, tem dificuldade motoras. Pelas regras do edital da Fuvest, ela terá 20% a mais do tempo estipulado a outros candidatos e poderá fazer a prova até as 19h.
“Eu consigo andar com ajuda, mas apenas em superfícies planas”, afirmou. “Consigo escrever, mas demoro mais que as outras pessoas.”
Antes do início da prova, a garota se mostrava mais falante e animada, enquanto o irmão estava mais quieto e compenetrado com a prova que faria em seguida. Mesmo assim, os dois não se desgrudaram.
“A gente não passa um dia sem brigar”, afirmou a estudante, que presta a Fuvest pela primeira vez. Ela diz que tem mais dificuldade em matemática, física e química. Já o irmão se dá melhor com as exatas, e tenta uma vaga em engenharia da computação na USP.
Segundo a vestibulanda, a última briga foi justamente motivada pela Fuvest. “Hoje ele entrou no site da Fuvest para ver que documentos precisava trazer, mas eu respondi que não precisava porque eu já tinha visto, e começamos a brigar”, contou ela.
Após falar com o G1, Marcelo empurrou a cadeira de rodas da irmã gêmea para dentro da escola, onde ela faria a prova em uma carteira adaptada.
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