quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pessoas com deficiência visitam obras da Linha 4 do metrô no Rio de Janeiro

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A preocupação com a acessibilidade foi tema do encontro entre engenheiros da RioTrilhos, 20 pessoas com deficiências intelectuais e seus familiares na manhã deste domingo (20/11), no canteiro de obras da Linha 4 (Barra-Gávea) do metrô, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Durante o encontro, os 40 visitantes conheceram os mil metros de túneis já escavados e o trajeto traçado, que será concluído até 2015.
Apesar de promover visitas guiadas abertas ao público todo último domingo de cada mês, esta é a primeira vez que pessoas com deficiências participam do passeio. Segundo o engenheiro da Secretaria de Transportes, Luiz Moreira, responsável pela fiscalização da obra, o objetivo é antecipar para a população a preocupação do consórcio executor com a questão da acessibilidade.
“Esse é um belo exemplo que a sociedade deve dar. Nossa preocupação é atender a todos, independente de sua condição. É gratificante conhecer de perto esses casos, e principalmente, saber que eles têm dificuldades, mas podem se integrar. A grande estratégia é antecipar para o usuário o que está sendo feito e torná-lo parceiro. Moradores de locais por onde passam as obras são sacrificados, mas a partir do momento que você mostra o progresso, em vez de nos criticar, eles se mostram a favor do projeto e envolvem outras pessoas”, afirmou o engenheiro.
Segundo Luiz, todas as estações da Linha 4 – Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz – terão calçadas acessíveis, elevadores para transporte de cadeirantes até a plataforma de embarque, limitadores para deficientes visuais e sinalização para deficientes auditivos, respeitando a lei de acessibilidade. As que ainda não atendem a legislação estão sendo adaptadas, para garantir mais conforto e a satisfação dos usuários.
A jornalista Fernanda Honorato, que tem Síndrome de Down, ficou impressionada com o que viu e acredita que as normas seguidas pela Concessionária Rio Barra, que executas as obras da Linha 4, vão facilitar a locomoção das pessoas com deficiência.
“Acho muito interessante poder conhecer o canteiro. Moro na Tijuca e o metrô é meu principal meio de transporte. Com a Linha 4, muito mais gente vai usar, e é bom saber que as dificuldades vão diminuir”, disse. Para Lina de Oliveira, coordenadora de relacionamento e captação de recursos da ONG Argilando, a integração é um passo importante para conscientizar a sociedade sobre as limitações das pessoas com deficiência.
“Essa é uma ótima oportunidade de inserção social. Conseguimos a resposta que esperávamos: eles interagiram, conseguiram se perceber no espaço e no ambiente. O saldo que fica é positivo, pois os responsáveis pela obra puderam ver de perto as dificuldades que essas pessoas enfrentam. Isso é importante para agregar e trazer novos questionamentos”.
A coordenadora administrativa do núcleo regional da Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência de Funcionários do Banco do Brasil e da Comunidade (APABB), Nives Porto, que assiste o grupo, acredita que o exemplo do Metrô Rio deve ser seguido por outrasempresas.
“Para mim, o convite é uma vitória dupla, como mãe de um jovem autista e participante da APABB. Conhecer uma obra como essa e ver a vibração deles é gratificante. Estamos em 14 estados, e essa é a primeira vez que a APABB é convidada a visitar um empreendimento desse porte. Sabemos da dificuldade do ir e vir dos deficientes, sejam visuais, auditivos, físicos ou intelectuais. Esse olhar de sensibilidade do Metrô é incrível, é muito bom saber que eles têm a preocupação de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”, comemorou Nives.

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