quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Marília (SP) oferece formação para educação especial em São Paulo

Com a presença de 150 professores da rede pública de ensino da Prefeitura de São Paulo, foi realizada a aula inaugural da 4ª edição do Curso de Especialização – Formação de Professores em Educação Especial. A pós-graduação lato sensu é uma parceria da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), Câmpus de Marília, com a Secretaria de Educação do município.
A aula foi ministrada pela coordenadora do curso, Anna Augusta de Sampaio Oliveira, professora da FFC. Ela apresentou os conceitos para a formação de professores voltada para a inclusão escolar de crianças e jovens com deficiência. “Ao acolher o processo de inclusão, aceitamos que há a exclusão”, afirma. “E para que a escola seja a protagonista nesse processo, temos que formar profissionais que possam dar todas as condições de aprendizado para todas as crianças. Inclusão não é só matrícula.”
Nesta edição, os professores da rede farão um curso voltado para a educação de crianças com deficiência intelectual. São 620 horas de atividades, contando as aulas expositivas de 12 disciplinas, período de estágio, e a realização de um trabalho de conclusão de curso com orientação de professores da FFC.
A deficiência intelectual é uma condição complexa que leva o sujeito a ter um desenvolvimento intelectual significativamente abaixo da média ou padrão social, conforme explicação de Anna. A rede pública paulista conta com mais de 1,6 milhão de alunos matriculados em classes comuns, onde 16 mil apresentam algum tipo de deficiência. Destes, sete mil, ou seja, 43,75%, possuem déficit intelectual.
Para a professora de educação infantil Camila Marcolino Fernandes a especialização veio atender a uma demanda crescente nas escolas da prefeitura. Formada em psicologia, ela atua a seis anos na rede pública, e, nesse período, afirma ter notado um aumento da presença de crianças com deficiência nas salas de aula. “Muitas vezes não sabemos como podemos auxiliar os alunos para que eles tenham um melhor rendimento”, diz.
Por dois anos, Camila trabalhou com um menino com deficiência múltipla. O garoto era autista e com problemas de visão. “No inicio não sabia como incluí-lo na turma. Com o apoio de uma associação voltada para o atendimento de autistas, desenvolvemos atividades com música e contatos”, afirma. “Ao final do curso, pretendo ter mais recursos para ajudar outras crianças.”
A parceria
O convênio firmado entre a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e a FFC começou há quatro anos. Desde então, 450 profissionais receberam os diplomas de pós-graduação pela Unesp e passaram a atuar no Serviço de Educação Especial da prefeitura. “Observamos que esses professores acabam tendo uma atuação diferenciada quanto ao planejamento das aulas e uma clareza maior com as atividades e técnicas para o melhor aprendizado dessas crianças”, salienta Silvana Drago, diretora da Diretoria Técnica de Educação Especial da Secretaria de Educação.
Nas duas primeiras turmas, o curso de especialização formou professores para trabalharem a aprendizagem escolar com crianças com quatro tipos de deficiência: auditiva, física, mental e intelectual.

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