O prefeito de São Paulo aprovou em 10/11 o decreto que cria as Escolas Municipais de Educação Bilíngue para Surdos (EMEBS), que atenderão 1,3 mil alunos na Rede Municipal de Ensino. A assinatura ocorreu durante o VI Festival Esportivo e Cultural de Alunos Surdos, no Sesc Vila Mariana, zona sul da cidade.
“Mais um importante passo na inclusão, agora com a Prefeitura oferecendo aos surdos o acesso ao ensino bilíngue, ao lado de outras ações como melhorias na infraestrutura das escolas e na capacitação de professores”, afirmou o prefeito.
O decreto transforma as seis Escolas Municipais de Educação Especial (EMEEs) da rede municipal em EMEBS, unidades onde a Língua Brasileira de Sinais (Libras) será a primeira língua. Com a mudança, os estudantes surdos terão toda a estrutura necessária para o aprendizado adequado, inclusive com material pedagógico específico. A língua portuguesa será ensinada como segunda língua, na modalidade escrita.
“A Secretaria de Educação vai formar em Libras o vigilante, o agente de apoio até o diretor da escola, desde o ensino infantil até os demais níveis. Nós acreditamos que para incluir é preciso de apoio e estrutura para a escola, formação para o professor e entender quais são as reais necessidades dos nossos alunos” explicou o secretário Municipal da Educação.
Para atuar nas novas escolas bilíngues já foram qualificados 100 professores especialistas. Ainda este ano, mais 150 profissionais iniciarão pós-graduação com ênfase em surdez. As unidades contarão também com Instrutores de Libras, responsáveis por ensinar a língua de sinais para alunos, professores, pais e comunidade, e Intérpretes e Guia Intérpretes de Libras, que mediarão a comunicação.
Como a Educação Bilíngue é baseada também na Pedagogia Visual, a Prefeitura investiu na aquisição de recursos que favorecem a visualidade das atividades, como câmeras de filmagem e aparelhos multimídia e de projeção.
Os estudantes matriculados nas EMEBS são crianças, adolescentes, jovens e adultos com surdez e outras deficiências associadas e surdocegueira. A família tem a opção de escolher entre matricular o aluno em uma Escola Bilíngue, em uma Escola-Pólo ou em uma escola regular. As Escolas-Pólo são unidades regulares bilíngues com características inclusivas, que contarão com estrutura para o aprendizado do surdo, atendendo também alunos ouvintes.
A Secretaria Municipal de Educação começou a planejar em 2007 a reestruturação das EMEEs, tendo como foco a organização curricular na perspectiva bilíngue, com produção de material pedagógico específico – entre eles as Orientações Curriculares e Expectativas de Aprendizagem em Libras e em Língua Portuguesa para Pessoa Surda –, formação dos profissionais e definição de novos critérios de avaliação. A mudança faz parte das ações do Inclui, programa de inclusão nas escolas lançado em setembro de 2010.
Festival de surdos
A assinatura do Decreto ocorreu durante o penúltimo dia do VI Festival Esportivo e Cultural de Alunos Surdos, que reúne estudantes da rede municipal de São Paulo e de escolas e instituições públicas e privadas da capital e de outros municípios da Grande São Paulo. O evento começou no dia 29 de setembro e promove atividades recreativas, oficinas e competições de xadrez, handebol, futsal e atletismo até o dia 11. Este ano, o festival conta com mais de 2 mil participantes.
A assinatura do Decreto ocorreu durante o penúltimo dia do VI Festival Esportivo e Cultural de Alunos Surdos, que reúne estudantes da rede municipal de São Paulo e de escolas e instituições públicas e privadas da capital e de outros municípios da Grande São Paulo. O evento começou no dia 29 de setembro e promove atividades recreativas, oficinas e competições de xadrez, handebol, futsal e atletismo até o dia 11. Este ano, o festival conta com mais de 2 mil participantes.
Academia de Letras
Também na noite desta quinta-feira (10/11), o prefeito participou da cerimônia de posse do acadêmico José Gregori que assumiu a cadeira 15 da Academia Paulista de Letras (APL), antes ocupada pelo escritor e político José Altino Machado. Atual secretário Especial de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo e ex-ministro de Estado da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso, Gregori preside também a Comissão de Direitos Humanos da USP.
Também na noite desta quinta-feira (10/11), o prefeito participou da cerimônia de posse do acadêmico José Gregori que assumiu a cadeira 15 da Academia Paulista de Letras (APL), antes ocupada pelo escritor e político José Altino Machado. Atual secretário Especial de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo e ex-ministro de Estado da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso, Gregori preside também a Comissão de Direitos Humanos da USP.
“É com muita alegria que estou aqui presente para festejar a posse, não apenas de uma pessoa querida e respeitada, mas de uma pessoa muita bem preparada em seus múltiplos aspectos: na sua formação familiar, acadêmica, profissional, no seu caráter e, que a partir de hoje, fortalece e engrandece de uma maneira muito expressiva o papel e a voz da Academia Paulista de Letras”, disse o prefeito.
O prefeito ressaltou que José Gregori chegou à Prefeitura acompanhado da sua experiência junto ao governo Federal de Fernando Henrique Cardoso, como ministro e embaixador, e que chega na Academia mais maduro, mais experiente e mais completo. “Tenho certeza absoluta que ao lado de pessoas tão excepcionais e extraordinárias fará com que a voz da Academia se fortaleça num momento tão importante do país. Parabéns pela sua história de vida e por tudo que tem feito e, com certeza, por tudo que ainda tem a realizar, não apenas aqui na Academia, mas junto à nossa cidade, ao nosso estado e ao nosso país”, afirmou.
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